quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Ludov - Minha Economia



Foi disponibilizado pela Ludov há alguns meses o seu novo EP, chamado "Minha economia". O EP traz 4 músicas; "Minha economia", "O salto, a queda", Ela engana bem" e "Toda essa confusão", todas de autoria de Habacuque Lima e Mauro Motoki. O "Minha economia" traz uma prévia do que será o próximo álbum a banda que deverá sair no primeiro semestre de 2012.
Pra ir matando a curiosidade de saber como vai ser o próximo álbum, só baixando e curtindo este EP.

Ouça a faixa "Ela se engana bem".



Download: Ludov - Minha economia
Senha: fomesonora

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Rogério Duprat - A banda Tropicalista do Duprat



O papa da tropicália, o maestro Rogério Duprat decidiu em 1968 depois de trabalhar em álbuns de tantos artistas tropicalistas, lançar o próprio álbum. Contou com a ajuda dos Mutantes em algumas faixas e composições de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Jobim, John Lennon, Paul Mccartney, entre outros.
O próprio Duprat afirmou mais tarde não ter gostado tanto do álbum, por te-lo feito em condições de pressão em certas canções e o mesmo não ter saído da maneira que o imaginou. Este LP é disputado a tapas por colecionadores e bastante elogiado no meio cult, embora seja pouco ouvido pelo mesmo meio.
Outra coisa que chama bastante a atenção nesse disco é a capa, que grita incensantemente com uma espécie de colagens o quão é tropicalista.

Ouça a faixa "Flying" do Papa da Tropicália:



Senha: fomesonora


sábado, 26 de novembro de 2011

Dani Carmesim - Devaneios



Lançado na metade do ano, o EP "Devaneios" da Dani Carmesim traz influências do peso do bom e velho rock misturados ao som de ícones da música brasileira, como: Tom Zé, Di Melo, Novos Baianos, Gal Costa, Rita Lee entre outros.
Além das ótimas influências musicais o EP traz a belíssima voz doce e aveludada da Dani Carmesim juntamente com as suas composições que trazem letras que falam de amor e existencialismo com a leveza de um ser que exala sentimentos pelos poros.
"Devaneios" é um EP que ganhará mais faixas e o formato físico logo mais no ano que vem. Segundo Dani, já existem várias músicas compostas, o que falta no momento é escolher as que devem entrar nesse disco - que já tem nome escolhido e deverá se chamar "Insight" - e se juntar a sua banda de apoio que a acompanha nos shows, formada por André Oliveira na guitarra, André Williams no Baixo, Fernando Soares nos teclados e guitarras e Rafael Alvo na Bateria e entrar em estúdio para gravar.

Assista ao vídeo de "Devaneios", faixa título do EP de Dani Carmesim.



quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Flaviola e o bando do sol - Flaviola e o bando do Sol



Um dos álbuns clássicos da fase psicodélica nordestina lançado na década de setenta. Fláviola e o bando do sol trazia Flávio Lira (Flaviola), Lula Côrtes, Pablo Raphael, Robertinho do Recife e Zé da Flauta. Esse quinteto foi o responsável pelas 13 faixas que compunham viagem sonora que misturava a sonoridade nordestina, pós-tropicália e as influências da psicodelia de outros continentes.
Infelizmente este é o único cd de Flaviola, mas foi o bastante para que o mesmo ficasse no hall dos melhores desta fase da música brasileira.

Ouça a faixa "Palavras":


Senha: fomesonora

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Nuda - Amarénenhuma



Mais uma banda que lança álbum no embalo do "Tsumangue", uma avalanche que chama bastante a atenção do cenário musical brasileiro nesse finzinho de 2011 para Pernambuco. Se trata da debutante Nuda com o seu "Amarénenhuma". Rock libertário de primeiríssima qualidade e com direito a influência de Bossa Nova e masterização de Dom Grossinger, o mesmo produtor de Flaming Lips e Pink Floyd, ou seja, debutando em grande estilo.
A Nuda vinha desde 2008 com seu EP Menos cor, Mas Quem, mas depois de tantas horas em shows e tantas músicas autorais, era necessário por a mão na massa e presentear o público com uma obra dessa.

Confira a faixa "Prece da ponta de faca":




Download: Nuda - Amarénhuma
Senha: fomesonora

domingo, 20 de novembro de 2011

Júpiter Maçã - Uma tarde na fruteira



Gaúcho, ex integrante da TNT e Cascavelletes, influenciado por Beatles e Mutantes, multi instrumentista e excêntrico. Uma combinação que só poderia dar no autor de um dos melhores disco da década. Este álbum faz uma compilação de ritmos e tendências musicais brasileiras desde a bossa nova até os tempos atuais. Pode se dizer que é um dos melhores álbuns da década pela mistura e riqueza de ritmos e melodias. Letras com motivações existenciais, românticas e até de auto ajuda recheiam esta bolacha. O disco de alta qualidade, como sempre, tem um maior reconhecimento na Europa que no Brasil, onde foi lançado um ano depois (2008). Vale a pena apreciar essa obra de arte de um dos mais criativos artistas gaúchos.

Confira a faixa "Marchinha psicótica do Dr Soup".


Senha: fomesonora

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A banda de Joseph Tourton




Já
 há
 alguns
 anos
 que
 a
 cena
 do
 rock
 instrumental
  brasileiro
 só
 faz
 crescer.
 Não
 apenas
 em
 subgêneros
 
tradicionais,
 como
 a
 surf
 music,
 o
 ska
 e
 o
 rockabilly,
 mas
 também
 com
 o
 experimentalismo
 presente
 em
 bandas
 da
 cena
 paulistana
 como
 o
 Hurtmold
 ou
 os
 cuiabanos 
do 
Macaco 
Bong. 
E a
 contribuição 
sempre 
original 
de 
Recife 
no 
instrumental 
de agora 
é 
o 
lançamento 
do 
primeiro 
álbum
 d'A
 Banda
 de
 Joseph
 Tourton.
 Mas
 o 
interessante
 é
 que,
 no
 caso
 desse
 quarteto,
 se
 o
 território
 não
 é
 tradição,
 também
 não
 é
 o
 seu
 oposto
simétrico,
 a
 descontrução.
 A
 Banda
 de
 Joseph
 Tourton
 encontra
 jeito
 de
 combinar
 liberdade
 com
 elegância
 arejada.
 E,
 se
 é
 encantador 
de 
ouvir, 
não 
é 
nada 
fácil 
de 
explicar.



Texto retirado do perfil da banda no Trama Virtual.

Confira o clipe da faixa "A festa de Isaac".


Senha: fomesonora

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Pélico - Que isso fique entre nós



Pélico, no último 30 de outubro surpreende lançando seu cd de inéditas intitulado "Que isso fique entre nós". Carregado de poesia cotidiana e canções de amor, ele vem agradando a bons ouvintes com as 16 faixas de seu álbum que fazem jus ao título, mostrando que a obra tem um alto teor de intimismo. Intimismo este que não é prejudicial, digo muito pelo contrário.
A voz grave de Pélico e os metais que o acompanham fazem o ouvinte ter uma viagem dolorosa mas ao mesmo tempo boa. É como sonhar acordado.

Ouça a canção "Que isso fique entre nós":


Senha: fomesonora


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Arnaldo Baptista - Lóki?



Jean-Luc Godard, depois de experimentar várias radicalidades, demarcou o território impossível de um artista: “Ninguém faz duas revoluções”, e concluiu: “Ainda bem”.
Era como se mandasse um recado e predestinasse uma outra voz para a esfinge, em forma de eufemismo, de paradoxo, de axioma.
João Gilberto fez a revolução bossanovística; Oswald de Andrade, o pau-brasil/antropófago; Hélio Oticica, os parangolés do experimentar o experimental. Com a Tropicália, que, antes de estabelecer plenamente, foi “abortada”, pelo AI-5 e suas seqüelas, talvez a maldição godardiana foi diferente, cada tropicalista seguiu seu rumo.
Com os Mutantes, não foi diferente. Arnaldo Baptista – Rita Lee & Sérgio Dias escreveram parábolas dentro e a partir de parábolas. Viveram suas possibilidades coletivas, paralelas e individuais.
Arnaldo, na musicografia tropicalista e na própria música brasileira, é o artista que saques produziu para quebrar a maldição godardiana. Depois de ser o motor dos Mutantes. Depois de produzir os primeiros álbuns solos de Rita Lee _ Bluid up, 1970 e Hoje é o primeiro dia do resto da sua vida, de 1972. Depois de ir e vir. E partir para a carreira solo. Levou o conceito de radicalização ao extremo. Seu primeiro álbum-solo: Lóki? (Philips, 1974), é, até hoje, o disco mais visceralmente revolucionário da música brasileira . Com um instrumental mínimo – teclado (Arnaldo), contrabaixo (Liminha), bateria (Dinho) e backing-vocals (Rita Lee) – (o último encontro dos Mutantes), Lóki?, em dez canções, passa a limpo toda a era do rock and roll e o que poderia ter sido uma tropicália lisérgica. Sem dúvida, o melhor elenco de canções incluídas em um único álbum.
O formato do álbum é conceituado. Os dois lados do disco abrem com canções chaves. O lado A com “Será que vou virar bolor” e o lado B “Ce ta pensando que sou Lóki?”. Ambas trazem as inquietações pós-Mutantes de Arnaldo. Qual o futuro? O esquecimento? (Bolor) ou A loucura? (Lóki?). As outras oito canções vão respondendo, cada uma, de uma forma e de um ponto-de-vista. A minimalista canção final “È fácil”, responde com uma melodia supertrabalhada e uma miniletra: nem o esquecimento nem a loucura, mas a genialidade da música. É fácil!
As outras canções são: “Uma pessoa só”, única faixa herdada dos Mutantes, da época do A e o Z. Canção utópica que aponta para a plenitude da convivência humana, em um único corpo e em um único projeto de vida.
“Não estou nem ai” é a antítese de “Uma pessoa só”, o antípoda que nega os projetos utópicos e enfrenta o mundo material, o instant karma da vida cotidiana.
Continuando, a quarta canção do lado A é “Vou me afundar na lingerie” é a terceira possibilidade, nem o mundo utópico, nem a dureza da vida cotidiana, mas o hedoismo, o ócio, a prequiça como destruidores das opressões e barras-pesadas.
Fechando o lado A, a instrumental “Honky tonky”, com apenas Arnaldo no piano, em um misto de boogie woogie e levada trans-stoneana, trans-“Honky tonky woman”.
O lado B, depois de “Ce ta pensando que sou Lóki?”, traz “Desculpe”,uma releitura de “Desculpe, babe”, de Arnaldo Baptista & Rita Lee , do álbum A divina comédia ou ando meio desligado, dos Mutantes de 1969. É uma outra resposta para o impasse: esquecimento/ bolor/ lóki/ loucura. O “amor” como a grande questão. O dizer sim ou não. Perdoar ou não. Seguir em frente.
A terceira canção “Navegar de novo” é uma resposta concisa. É o bola pra frente”, “o enfrentar as intempéries” e “seguir”.
A Cançao sequinte “Te amo podes crer” é, talvez, a obra-prima das canções de amor do rock brasileiro. Em dois minutos e cinqüenta segundos, Arnaldo faz um tratado das dores de amores, um Werther, um Tristão e Isolda, um Romeu e Julieta com piano, sintetizador, contrabaixo elétrico e bateria.
Fechando, a chave-de-ouro de “É fácil”.
E o conceito faz clique e se completa. Na era do CD, algumas informações se perdem, mas uma que, no vinil, fazia muito sentido ainda vale ser comentada. Os dois lados do disco (A e B) trazem exatamente 16 minutos e 50 segundos, nem um nem dois segundos a mais ou a menos. E no rodapé da ficha técnica, uma única nota: “Este disco é para ser ouvido em alto volume”. Aumentar o volume não só do aparelho, mas do rock e das emoções primitivas de cada um. 

(Texto original de Marcelo Dolabela - bhz out/nov 1999).



Veja a faixa "Será que eu vou virar bolor?":

 
                    

Senha: fomesonora

sábado, 12 de novembro de 2011

Lenine - Chão



Um dos mais aguardados de 2011, "Chão" enfim é lançado. Lenine faz um disco intimista e cheio de particularidades, como por exemplo; o disco teve chiados e ruídos mantidos propositalmente. Um bom exemplo é a do pássaro que invadiu o estúdio durante a gravação. Outra particularidade foi a de que não foi utilizada bateria nas músicas, o que deu ao álbum um tom mais sintético e eletrônico.
A composições continuam as mesmas ou até melhores. Como um bom vinho, Lenine se mostra em seu 10º álbum, um compositor mais ousado e com os sentimentos mais aguçados, o que resulta em um ótimo álbum. A arte da capa traz uma foto de família; seu neto dormindo sobe seu peito (família/chão). Obra de arte em todos os sentidos.

Curta a faixa "Chão":



Download: Lenine - Chão
Senha: fomesonora

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Junio Barreto - Setembro



O sucesso tardio nunca fez mal a ninguém. E foi assim que aconteceu com Junio Barreto. Um artista que só foi descoberto e dado seu devido valor quando já estava maduro de fato. O pernambucano que já tocou numa banda de rock gótico, lança seu disco "Setembro" que tem esse nome por ser o mês que em o sol aparece após o inverno. O disco traz a produção assinada por Pupillo e Dengue, os mesmos da Nação Zumbi e também vários amigos do artista como: Chiquinho, Victor Araújo, Marina de la Riva, Mombojó, Luiza Maitá, Gustavo Ruiz, Júnior Boca, Seu Jorge, Céu, entre mais músicos da nova cena da música brasileira executando seus instrumentos para o registro dessa obra prima. O disco traz consigo além das raízes do Junio Barreto, as influências de cada participante amigo do artista. Um disco que pode rolar por vários setembros a fio.

Confira a faixa título, "Setembro":


Senha: fomesonora

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Rômulo Fróes, Rodrigo Campos, Kiko Dinucci e Marcelo Cabral - Passo Torto



Composto pelos compositores Rômulo Fróes, Rodrigo Campos, Kiko Dinucci e pelo baixista e produtor musical Marcelo Cabral, o álbum "Passo Porto" é uma síntese do que acontece com a cena do samba atual. Cada um dos compositores tem suas carreiras solo e contribuem entre si em composições conjuntas, tendo essas gravadas em seus discos solo. Os músicos são parceiros não somente nas composições, mas também nos shows e discos como instrumentistas também.
O álbum traz um samba paulista contemporâneo e de ótima qualidade. O baixo do produtor Marcelo Cabral faz uma catalização das letras e melodias, formando uma experiência única. Tendo em vista os trabalhos antecessores dos 4 músicos, imagina-se o quão prazerosa é a audição do "Passo Torto".


Confira a apresentação de "Faria Lima pra cá":



domingo, 6 de novembro de 2011

Mundo Livre S/A - Novas lendas da etnia Toshi Babaa



A cada novo disco que lança, a banda de Fred 04 se mostra mais ativa do que nunca. Há alguns dias atrás vazou o disco de inéditas do Mundo Livre S/A, que tem um título um tanto quanto curioso; "Novas lendas da etnia Toshi Babaa". Tanta excentricidade no título do álbum serviu também para chamar a atenção, mas nem houve a necessidade disso. O som pode ter mudado um pouco mas a essência das canções de Fred 04 não mudaram. O swing a la Jorge Benjor prevalece tão forte quanto na época inicial do manguebeat.
Um disco cheio de canções e dentre elas já existem apostas para hits, como: "Eduarda fissura do átomo", "Se eu tivesse fé - fushing shit" e a ótima "Ela é indie".

Confira a faixa "Ela é indie":



Senha: fomesonora

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Belchior - Alucinação




Pertencente aos cantores vindos do Ceará na década de setenta como Ednardo e Fágner, Antonio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, ou simplesmente Belchior, é um compositor e cantor cearense dono de composições como "Apenas um rapaz latino americano", "Paralelas" e "Como nossos pais".
Na década de setenta, Belchior após ter largado a faculdade de medicina para se dedicar a música, dá início a sua carreira se inscrevendo em festivais e concursos e a partir daí ele consegue gravar seus discos e no segundo ele se consagra pra sempre na música brasileira. Fiquem com "Alucinação", sua obra prima.

Confiram a faixa "A palo seco":



Senha: fomesonora

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Eddie - Veraneio



A banda mais Olindense que se tem conhecimento - Eddie - lança álbum novo e o nome não poderia deixar de remeter a Olinda; "Veraneio". O álbum já foi disponibilizado gratuitamente no site da banda nesse início de semana. O disco tem as participações e contribuições de amigos da banda como: Otto, Junio Barreto, Lirinha e Karina Buhr eErasto Vasconcelos, sendo estes dois últimos, amigos de longa data.
Esse álbum não lembra tanto o seu trabalho anterior, o "Carnaval no inferno", mas chega a ser superior em vários pontos. Os sintetizadores/teclados ganharam mais espaço do que já tinham e as letras mostram um compositor com temas mais amplos que os dos álbuns anteriores.
Apesar dessas poucas mudanças, é que quando esse álbum toca no seu player, você consegue sentir o cheiro de maresia e o calor do sol de Olinda. É o mais puro Original Olinda Style.

Confira a faixa que dá título ao álbum:



Download: Eddie - Veraneio
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