sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Caçapa - Elefantes na Rua Nova



Álbum pertencente ao ''Tsumangue'', uma onda de álbuns lançados nesse ano de 2011 por artistas da cena pernambucana. Se trata de um álbum instrumental feito pelo produtor e músico Rodrigo Caçapa, que compôs, arranjou e produziu o "Elefantes na Rua Nova", seu primeiro registro.
Foram utilizadas para gravação, três violas em afinações diferentes, um violão baixo e instrumentos percussivos como:  pandeiro, ganzá e bombo. Uma prova de que a música instrumental pernambucana não está parada, mas sim viva e em constante movimento e busca por novas vertentes.

Confira uma entrevista com Rodrigo Caçapa.



Download: Caçapa - Elefantes na Rua Nova
Senha: fomesonora

domingo, 18 de dezembro de 2011

Mallu - Pitanga





O novo trabalho de Mallu tem nome de fruta. Fruta vermelho-alaranjada, nativa da Mata Atlântica brasileira. Fruta azedinha, doce, bonita e única. E que dá aos montes na Rua Simão Álvares, situada no organismo vivo onde reinam carros e ônibus; o chamado bairro de Pinheiros. Mais São Paulo, impossível.

Ali surgiu o disco da artista que, traçando um caminho para dentro de si, encontrou uma sonoridade moderna, inédita, brasileira e universal. Fica claro, ao escutar o trabalho como um todo ou em fragmentos, que tudo aquilo foi tirado de dentro de um universo estético exclusivo e valioso.

A autoralidade da compositora ultrapassa gostos musicais e preconceitos. Seu crescimento como artista, seu amadurecimento, sua certeza e coragem apontam para uma nova fase. Mas não se dá nome a tal fase ou momento. Nem perguntando a própria Mallu consegue-se resposta. Ela apenas firma sua teoria de “primeiro faz, depois vê o que é que saiu”.

E é nesse descomprometimento com o externo, o alheio, que ela atinge, de modo visceral e especialmente decidido, seu íntimo e o expõe, em música, em timbres, em acordes, em escolhas estéticas, em conduta de vida e de melodia. Ela simplesmente existe e realiza seu trabalho, destemida como uma mulher, criativa como uma criança e apaixonada como gostamos de ver.

Num quarteirão, Seu Cláudio e sua família mantém o lendário Estúdio El Rocha. No outro, viveram os protagonistas deste novo trabalho.

A decisão de chamar Marcelo Camelo para produzir seu disco não é, para Mallu, algo questionável, mas sim absolutamente natural a ponto da pergunta “porque Marcelo de produtor?” nem fazer sentido. Bem, sabe-se que o músico esteve sempre presente com a artista, em contato com sua composição e criatividade. E não demorou para a dupla pensar em Victor Rice.

Era preciso alguém para completar. Alguém que trouxesse conhecimento técnico e emotivo, e que pudesse estar quando Camelo viajasse, mas que fosse um cara legal e um grande músico. Convidaram, então, o nova-iorquinho do Copan (clássico edifício paulistano onde mora) para a co-produção e mixagem.

Mallu via o disco surgindo, “todas as sensações, letras, melodias e idéias atraindo-se, agrupando-se, começando a formar uma sólida obra” explica.

E foi percebendo a beleza desta dança do inconsciente que bordou um tecido com uma foto 3X4, recortou uns retalhos e levou ao scanner, realizando uma idéia recente e colocando no ar, o blog diário. Nele, prometera contar sobre cada dia, todo santo dia, fazendo do processo emocional e profissional mais uma vez uma coisa só.

Cumpriu com gosto e ternura: relatou minuciosamente os dias em que o casal caminhava ao estúdio e dedicava-se única e exclusivamente ao que viesse na telha, tocando, os dois, a maioria dos instrumentos. Em uma entrevista, Mallu comenta: "Dá vontade de colocar nos créditos: ‘Marcelo e Malu: Não se sabe o quê’”.

Nasceu, assim, um disco que abre esta artista sem mais nem menos, convidando a todos para toda uma dimensão que ela mesma criou, sem forma, expectativa ou pré-determinação, onde sua saga de seguir o sentimento levou cada detalhe a uma obra forte e expansiva, turbinada pelo apoio, direção, afeição e musicalidade de Camelo.

A primeira frase cantada vem com fôlego: “Pode falar que eu não ligo, agora amigo, eu tô em outra”. É a canção “Velha e Louca”. A velha Mallu acaba de completar 19 anos de idade e soa mais dedicada, aplicada e inteira do que nunca.

Faz de cada faixa uma surpresa boa: o número dois da lista é “Cena”, com direito a bateria forte e violão fraquinho. Já a terceira é “Sambinha Bom”, que agrada como um poema, acompanhado por um leque de instrumentos bastante variado, soando milimetricamente calculado.

Vem, então, “Moreno do Cabelo Enroladinho” cheia de guitarras de Camelo, dando boa liga a “porque você faz assim comigo?”. Nesta, a artista senta na bateria e envia umas canções para Kassin “ver se quer colocar alguma coisa”.

E recebe do artista guitarras rasgadas ao longo da canção. O músico e amigo convidado ainda trouxe enfeites a “Wake up in the morning”, que ocupa o número cinco da ordem. Antes dela, vem “Youhuhu” e “Baby, I’m sure”. As três embalam melodias doces misturando português e inglês.

Sem barreira de linguagem ou censura continua com “Lonely” e “Highly Sensitive”, deixando o violão de nylon apenas para mais adiante, em “Ô, Ana”, escrita para sua irmã, seguida por “Cais” que, por sua vez, é tão conceitual quanto sensitiva. Permitir-se embalar nas profundezas dessa última faixa é, realmente, privilégio.

Entre algumas viagens, compromissos e eventos, completaram 55 dias no El Rocha. Dias que contam a mixagem que, por sua vez, foi também acompanhada o tempo todo pelo incansável produtor, e visitada diversas vezes pela cantora. Contam também, uns três dias de visitas e contribuições de outros músicos.

Alguns detalhes tinham de ser feitos. Camelo não dispensava sequer um sininho. Receberam André Lima e seus teclados, François no trombone, Josué na flauta, Daniel D’Alcantara no flugel horn e Maurício Takara em duas baterias.

Realizadas todas as fantasias musicais, Pitanga viajou a Miami, para ser masterizado por Felipe Tichauer, no estúdio Redtraxx Music. Todo cuidado era pouco pois, aquele áudio havia sido gravado e mixado com muita atenção, trabalho e capricho, em muitas horas de manhã a manhã (dividiam-se em duas duplas, para otimizar a produção: Fernando Sanches, engenheiro de som do estúdio, e Mallu começavam bem cedinho e Victor e Marcelo chegavam depois do almoço, e iam até quase raiar o sol).

Assim como para todos os envolvidos, o disco, para o ouvinte, vai além de um projeto musical. Basta escutar para notar o peso de Pitanga. Não se trata de um álbum, apenas, mas sim de uma filosofia, um universo, um portal, uma fruta, um gosto, um mundo todo. Se trata de alguma coisa como um presente, feito à mão por Mallu.


Confira a faixa "Velha e louca".



Download: Mallu - Pitanga
Senha: fomesonora

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Vanguart - Boa parte de mim vai embora





Perdido em algum lugar da década de 1960, mas ainda assim capaz de dialogar com diferentes décadas da música brasileira – seja o que fora proposto nos anos 80 ou a partir do novo século -, em seu novo álbum a banda se distancia de forma visível de suas antigas criações, soando muito mais fácil, porém de nenhuma maneira descartável ou inconsistente. É o típico disco que poderia tocar tanto em uma rádio convencional, atendendo fortemente todas as demandas do público, como no player de algum ouvinte que busca por um som conceitual.
Em suas composições, o álbum soa grande, como se fosse cantado com entusiasmo, tocado com energia e absorvido de forma muito mais intensa e entusiasmada pelo ouvinte. Mesmo em seus momentos de dor, tricotados pelo uso de versos intensamente pensos há sempre um pequeno elemento ou acréscimo que alavanca o disco, fazendo com que o registro se manifeste de forma agradável do minuto que começa até seu fechamento com a quase dançante Depressa, música que mais uma vez repassa um toque de brasilidade ao álbum.
Boa Parte De Mim Vai Embora não é em nenhum momento uma continuação daquilo que o Vanguart vinha desenvolvendo, muito pelo contrário, já que grande parte do que se desenvolve ao longo do registro talvez jamais pudesse ser visto no primeiro álbum do grupo. É quase como se uma nova banda, dona do mesmo nome do grupo cuiabano resolvesse se lançar, investindo em um tipo de som mais comercial, fácil, porém, belo e inteligente na mesma medida.

Trecho do texto do Miojo Indie.


Confira a faixa "Se tiver de ser na bala, vai".


Senha: fomesonora

sábado, 10 de dezembro de 2011

Los Porongas - O segundo depois do silêncio


"Los Porongas se tornou conhecida por suas canções e pelos shows eletrizantes que faz pelo Brasil e América Latina, desde 2003 quando Diogo Soares (Voz), João Eduardo (guitarra, teclados, efeitos), Márcio Magrão (baixo) e Jorge Anzol (bateria) se uniram na cidade de Rio Branco, no Acre.

O Segundo Depois do Silêncio é o segundo álbum do Los Porongas. A banda assumiu a produção do disco, que com suas 12 faixas inéditas marca o amadurecimento do grupo e o flerte com novas sonoridades, além de trazer a participação de vários convidados, dentre eles Helio Flanders (Vanguart) e Maurício Pereira (Mulheres Negras).

Em agosto de 2011 o guitarrista João Eduardo decidiu se dedicar a projetos pessoais. Carlos Gadelha, que co-produziu e mixou o disco e já havia acompanhado os Los Porongas em algumas apresentações, assumiu as seis cordas da banda."

*Trecho do release da banda no site da Oi Novo Som.

Confira a faixa "Silêncio":

 

Senha: fomesonora


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Di Melo - Di Melo




Poucos conseguem explicar como o som de Di Melo ficou no anonimato por tanto tempo. O disco homônimo, seu primeiro, único e badalado álbum, é um dos mais originais da geração black & soul da década de 70, sendo até hoje disputado em sebos por fãs e colecionadores.
O caruaruense Di Melo chegou em São Paulo nos fins dos anos 60, quando começa a tocar na noite paulistana. Em 1975, é lançado pela Odeon o disco que leva seu nome, e conta com a participação de Hermeto Pascoal e de Heraldo do Monte, o álbum teve canções com relativo sucesso, como a Kilariô . Sua redescoberta se dá na década de 90, por Dj´s ingleses, quando a música A vida em seus métodos diz calma aparece na coletânea “Blue Brazil Vol. 2”.
Considerado um dos artistas que mais próximo chegou a uma linguagem soul nacional, Di Melo nos brinda com muita desenvoltura e originalidade em seu disco homônimo. Passando pelo “tango nordestino” da músicaSementes , o groove irresistível de Pernalonga , e pela romântica Alma gêmea , o disco é presença obrigatória em qualquer festa black.

Trecho do texto do perfil do cantor na Conexão Vivo

Ouça a canção "Kilariô":


Download: Di Melo - Di Melo
Senha: fomesonora

        

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Bixiga 70 - Bixiga 70



A história da banda Bixiga 70 começa na Rua 13 de Maio, número 70. Trata-se do endereço do estúdio Traquitana, polo que reúne e registra nomes da cena independente de São Paulo, entre eles, Guizado e Leo Cavalcanti.
Décio 7 e Cris Scabello, dois dos fundadores do grupo, atuavam como produtores e instrumentistas no Traquitana quando resolveram juntar energias para formar uma banda que tivesse a exploração rítmica como força motriz. "Queríamos improvisar, buscar uma nova sonoridade, evitar os rótulos fáceis", explica Cuca Ferreira, sax barítono da banda.
O endereço do estúdio, no coração do Bixiga, virou o nome da banda, uma referência ao África 70, o histórico grupo do nigeriano Fela Kuti. Isto fez com que o Bixiga fosse rotulado (indesejadamente) como um revival de afrobeat. A definição é imprecisa. Como mostra o excelente primeiro disco, a ser lançado segunda pelo site Bixiga70.com, as raízes da banda estão na polirritmia do oeste africano, escola rítmica de diversas vertentes, algumas das quais foram adaptadas ao jazz e ao funk por Fela para a criação do afrobeat na Nigéria.
No entanto, a grande influência rítmica do Bixiga 70 tem os pés no Guiné, na música malinké de Famadou Konate, mestre do djembê cuja filha, Fanta Konate, Décio 7 (bateria) e Rômulo Nardes (percussão) acompanharam por alguns anos. "As pessoas acabam associando o som do Bixiga ao afrobeat por falta de referências. Mas, na verdade, nossa inspiração vem de várias Áfricas, desde o Guiné ao batuque afro filtrado pelo nosso som tropical, que chegou a nós através dos afro sambas de Baden, da música de Gil e de Chico Science", conta Décio. No entanto, ao ouvir o disco, é quase impossível apontar influências nitidamente afrobrasileiras. O que se escuta é uma orquestra de jazz com um motor polirrítmico, pontuada por guitarras que remetem ao carimbó (traço brasuca mais palpável), adornada por improvisos e colorida por arranjos cinematográficos, uma banda que trabalha um nicho semelhante à Orquestra Rumpilez, de Letieres Leite, mas com uma pegada mais crua e ritmicamente acessível. No entanto há paralelos como o som de uma big band. As composições da banda são divididas em seções de tema e solos. Ao vivo, esta estrutura é mais livre e as músicas são esticadas para induzir o transe rítmico, assim como Fela fez com faixas que chegavam a mais de uma hora de duração. Esta função musical é a influência mais forte de Felá.

"A ideia é fazer uma música mântrica, que transforma-se em um ritual em que todos estão envolvido de uma forma mais espiritual com o som. Sempre brincamos que a banda é a nossa igrejinha e nos reunimos para rezar e celebrar", conta Cris Scabello, guitarrista da banda.
No disco, as composições foram encurtadas e a força dos imponentes arranjos de metais remete mais a trilhas sonoras de filmes de ação dos anos 70 do que a um ritual afro, lembrando o trabalho de Quincy Jones (They Call me Mister Tibbs) e Lalo Schifrin (Operação Dragão, filme de Bruce Lee).
Mas isto não é uma estratégia. "Acho que as imagens são uma referência natural para todo mundo. É um universo que a gente curte. O som instrumental estimula muito a imaginação, dá espaço para as pessoas abstraírem a música, pensarem no simbolismo dela. Sempre brincamos com as cenas das músicas. É piada interna, mas às vezes piramos numa coisa meio kung fu, meio Bollywood, meio Kill Bill. Aqueles caras dando voadoras no ar... (risos)", conta.
No disco, a faixa Balboa da Silva, feita em homenagem ao pugilista Nilson Garrido, que dirigiu uma academia de boxe ao lado do Traquitana, no Bixiga, é um pretexto para esta comparação. Sobre uma levada de funk, os metais tecem um tema heroico, vitorioso, que torna impossível não pensar na abertura de um filme de ação. "Assim que começa o som, o pessoal já da uns murros no ar", brinca Décio.
A forma inconsciente com que o grupo trabalha suas influências talvez seja o grande diferencial. Ao ouvir o disco, não se tem a sensação comum de que o grupo recorta e cola gêneros, algo que se tornou praxe no cenário digital contemporâneo, em que se tem acesso a tudo e o processamento de referências é muitas vezes raso. "O Bixiga foi embasado em muita pesquisa. Todo mundo se aprofundou e a coisa foi tão intensa que saiu de forma natural", explica Cris. "Não rolou aquilo de 'ah, vamos colocar um afoxé, você entra com um samba-jazz ali’. Já dizia o mestre Charlie Parker: 'você estuda e estuda, mas na hora de subir ao palco, fecha o olho e toca", completa Décio. O ingrediente mais brasileiro do Bixiga 70 fica por conta da guitarra de Cris Scabello, que trabalha pontos em comum entre a guitarrada do Pará e a forma pontilista com que o instrumento é usado no afrobeat.




Veja o vídeo da canção "Grito de paz".




Download: Bixiga 70 - Bixiga 70
Senha: fomesonora

domingo, 4 de dezembro de 2011

São Paulo Underground - Três cabeças loucuras




Rob Mazurek e Mauricio Takara se conheceram na cidade de Belo Horizonte/MG em 2003 durante a primeira turnê brasileira do Hurtmold com o The Eternals (amigos de Rob, de Chicago) e imediatamente começaram falar sobre colaborarem.
Desde então têm estreitado seu relacionamento musical e sua amizade, tocando juntos sempre que Rob estava em São Paulo. Improvisando, combinando sons, conversando ou simplesmente saindo juntos, a idéia com o São Paulo Underground sempre foi unir o que quer que estivesse próximo e natural ao habitat da cidade.
Em 2006 lançaram o cd “Sauna: um, dois, três” no Brasil pela Submarine Records e simultaneamente nos Estados Unidos (Aesthetics) e Japão (Headz). O cd conta também com participações de artistas como o Hurtmold, Damon Locks e Wayne Montana (The Eternals), Josh Abrams (Reminder), Chad Taylor (Chicago Underground), Akin, entre outros.
Em 2007 fixaram a formação em quarteto para composições, gravações e apresentações, com Guilherme Granado (Hurtmold, Bodes & Elefantes) e Richard Ribeiro (Porto) e em maio de 2008 saiu seu segundo cd: “The Principle of Intrusive Relationships”, que entrou na lista dos 50 melhores discos lançados naquele ano da revista inglesa Wire. Têm feito shows em festivais de jazz e música contemporânea ao redor do mundo e, acabam de lançar seu novo álbum “Três Cabeças Loucuras” (Cuneiform).
Rob Mazurek é compositor de música abstrata, improvisador, pintor e artista multi-mídia.
É peça importante na vibrante cena musical de Chicago, tocando em diversos grupos como Chicago Underground, Isotope 217, Exploding Star Orchestra, Starlicker, tendo seus trabalhos lançados por várias gravadoras como Thrill Jockey, Aesthetics, Delmark, Submarine, Mego, entre outras.
Mauricio Takara está envolvido no cenário musical brasileiro desde o início dos anos 90, predominantemente tocando bateria e percussão, mas também utilizando programações eletrônicas e trompete. Possui 5 discos solo lançados e mais 5 registros com sua banda Hurtmold (sendo um deles o split cd com o trio de chicago The Eternals).
Guilherme Granado iniciou sua carreira musical no início dos anos 90 em bandas punk/hardcore, como Pudding Lane e Againe.
Em 1998, juntamente com seus amigos Mauricio, Mário, Marcos e Fernando, formaram o Hurtmold, banda que está na ativa desde então se apresentando pelo país e exterior.
Sob o nome Bodes & Elefantes, Guilherme possui 2 discos solo lançados no Brasil e Japão.
Richard Ribeiro é baterista e compositor que nos últimos tempos vem se apresentando com artistas de diversos gêneros musicais no Brasil e no exterior.
Em Porto, seu trabalho solo, mostra a diversidade de suas influências, com um trabalho instrumental que mescla elementos do jazz, rock e improvisação.
Atualmente Richard também acompanha os artistas Bodes & Elefantes, Lurdez da Luz, MDM, Marcelo Jeneci e Tulipa Ruiz.
Os 4 músicos do São Paulo Underground somam diversas colaborações e parcerias que incluem nomes como Pharoah Sanders, Yusef Lattef, Bill Dixon, Roscoe Mitchell, Fred Anderson, Tortoise, Stereolab, Paulo Santos (Uakti), Naná Vasconcelos, Marcelo Camelo, Joe Lally (Fugazi), High Priest (Anti-Pop Consortium), Nação Zumbi, Prefuse 73, Objeto Amarelo, Mamelo Sound System, Damo Suzuki, Mike Ladd, entre outros.

Texto extraído do site do Festival Eletronika.




Confiram a faixa "":




Senha: fomesonora

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Alceu Valença & Geraldo Azevedo - Quadrafônico



Disco em que debutam juntos Alceu Valença e Geraldo Azevedo, intitulado "Quadrafônico". Na verdade "Quadrafônico" seria a técnica em que foi gravado este álbum, tendo em vista que foram gravados mais quatro álbuns neste mesma época com o mesmo título, dentre os artistas estava Benito di Paula. O álbum na verdade se chamaria "Alceu Valença & Geraldo Azevedo".
Alceu Valença por sua vez, lidera na quantidade de composições autorais, enquanto Geraldo Azevedo divide composições com Marcos Vinícius e o próprio Alceu Valença. Geraldo compôs apenas duas músicas sozinho: "Mister Mistério" e "Virgem Virgínia".
Este disco ilustra bem a fase psicodélica em que a cena nordestina ultrapassava naquela época. Outro fato que faz  álbum ficar mais interessante ainda é a brilhante participação do maestro tropicalista Rogério Duprat na gravação deste ótimo disco.

Confira a faixa "Novena":



Download: Alceu Valença & Geraldo Azevedo - Quadrafônico
Senha: fomesonora

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Ludov - Minha Economia



Foi disponibilizado pela Ludov há alguns meses o seu novo EP, chamado "Minha economia". O EP traz 4 músicas; "Minha economia", "O salto, a queda", Ela engana bem" e "Toda essa confusão", todas de autoria de Habacuque Lima e Mauro Motoki. O "Minha economia" traz uma prévia do que será o próximo álbum a banda que deverá sair no primeiro semestre de 2012.
Pra ir matando a curiosidade de saber como vai ser o próximo álbum, só baixando e curtindo este EP.

Ouça a faixa "Ela se engana bem".



Download: Ludov - Minha economia
Senha: fomesonora

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Rogério Duprat - A banda Tropicalista do Duprat



O papa da tropicália, o maestro Rogério Duprat decidiu em 1968 depois de trabalhar em álbuns de tantos artistas tropicalistas, lançar o próprio álbum. Contou com a ajuda dos Mutantes em algumas faixas e composições de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Jobim, John Lennon, Paul Mccartney, entre outros.
O próprio Duprat afirmou mais tarde não ter gostado tanto do álbum, por te-lo feito em condições de pressão em certas canções e o mesmo não ter saído da maneira que o imaginou. Este LP é disputado a tapas por colecionadores e bastante elogiado no meio cult, embora seja pouco ouvido pelo mesmo meio.
Outra coisa que chama bastante a atenção nesse disco é a capa, que grita incensantemente com uma espécie de colagens o quão é tropicalista.

Ouça a faixa "Flying" do Papa da Tropicália:



Senha: fomesonora


sábado, 26 de novembro de 2011

Dani Carmesim - Devaneios



Lançado na metade do ano, o EP "Devaneios" da Dani Carmesim traz influências do peso do bom e velho rock misturados ao som de ícones da música brasileira, como: Tom Zé, Di Melo, Novos Baianos, Gal Costa, Rita Lee entre outros.
Além das ótimas influências musicais o EP traz a belíssima voz doce e aveludada da Dani Carmesim juntamente com as suas composições que trazem letras que falam de amor e existencialismo com a leveza de um ser que exala sentimentos pelos poros.
"Devaneios" é um EP que ganhará mais faixas e o formato físico logo mais no ano que vem. Segundo Dani, já existem várias músicas compostas, o que falta no momento é escolher as que devem entrar nesse disco - que já tem nome escolhido e deverá se chamar "Insight" - e se juntar a sua banda de apoio que a acompanha nos shows, formada por André Oliveira na guitarra, André Williams no Baixo, Fernando Soares nos teclados e guitarras e Rafael Alvo na Bateria e entrar em estúdio para gravar.

Assista ao vídeo de "Devaneios", faixa título do EP de Dani Carmesim.



quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Flaviola e o bando do sol - Flaviola e o bando do Sol



Um dos álbuns clássicos da fase psicodélica nordestina lançado na década de setenta. Fláviola e o bando do sol trazia Flávio Lira (Flaviola), Lula Côrtes, Pablo Raphael, Robertinho do Recife e Zé da Flauta. Esse quinteto foi o responsável pelas 13 faixas que compunham viagem sonora que misturava a sonoridade nordestina, pós-tropicália e as influências da psicodelia de outros continentes.
Infelizmente este é o único cd de Flaviola, mas foi o bastante para que o mesmo ficasse no hall dos melhores desta fase da música brasileira.

Ouça a faixa "Palavras":


Senha: fomesonora

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Nuda - Amarénenhuma



Mais uma banda que lança álbum no embalo do "Tsumangue", uma avalanche que chama bastante a atenção do cenário musical brasileiro nesse finzinho de 2011 para Pernambuco. Se trata da debutante Nuda com o seu "Amarénenhuma". Rock libertário de primeiríssima qualidade e com direito a influência de Bossa Nova e masterização de Dom Grossinger, o mesmo produtor de Flaming Lips e Pink Floyd, ou seja, debutando em grande estilo.
A Nuda vinha desde 2008 com seu EP Menos cor, Mas Quem, mas depois de tantas horas em shows e tantas músicas autorais, era necessário por a mão na massa e presentear o público com uma obra dessa.

Confira a faixa "Prece da ponta de faca":




Download: Nuda - Amarénhuma
Senha: fomesonora

domingo, 20 de novembro de 2011

Júpiter Maçã - Uma tarde na fruteira



Gaúcho, ex integrante da TNT e Cascavelletes, influenciado por Beatles e Mutantes, multi instrumentista e excêntrico. Uma combinação que só poderia dar no autor de um dos melhores disco da década. Este álbum faz uma compilação de ritmos e tendências musicais brasileiras desde a bossa nova até os tempos atuais. Pode se dizer que é um dos melhores álbuns da década pela mistura e riqueza de ritmos e melodias. Letras com motivações existenciais, românticas e até de auto ajuda recheiam esta bolacha. O disco de alta qualidade, como sempre, tem um maior reconhecimento na Europa que no Brasil, onde foi lançado um ano depois (2008). Vale a pena apreciar essa obra de arte de um dos mais criativos artistas gaúchos.

Confira a faixa "Marchinha psicótica do Dr Soup".


Senha: fomesonora

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A banda de Joseph Tourton




Já
 há
 alguns
 anos
 que
 a
 cena
 do
 rock
 instrumental
  brasileiro
 só
 faz
 crescer.
 Não
 apenas
 em
 subgêneros
 
tradicionais,
 como
 a
 surf
 music,
 o
 ska
 e
 o
 rockabilly,
 mas
 também
 com
 o
 experimentalismo
 presente
 em
 bandas
 da
 cena
 paulistana
 como
 o
 Hurtmold
 ou
 os
 cuiabanos 
do 
Macaco 
Bong. 
E a
 contribuição 
sempre 
original 
de 
Recife 
no 
instrumental 
de agora 
é 
o 
lançamento 
do 
primeiro 
álbum
 d'A
 Banda
 de
 Joseph
 Tourton.
 Mas
 o 
interessante
 é
 que,
 no
 caso
 desse
 quarteto,
 se
 o
 território
 não
 é
 tradição,
 também
 não
 é
 o
 seu
 oposto
simétrico,
 a
 descontrução.
 A
 Banda
 de
 Joseph
 Tourton
 encontra
 jeito
 de
 combinar
 liberdade
 com
 elegância
 arejada.
 E,
 se
 é
 encantador 
de 
ouvir, 
não 
é 
nada 
fácil 
de 
explicar.



Texto retirado do perfil da banda no Trama Virtual.

Confira o clipe da faixa "A festa de Isaac".


Senha: fomesonora

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Pélico - Que isso fique entre nós



Pélico, no último 30 de outubro surpreende lançando seu cd de inéditas intitulado "Que isso fique entre nós". Carregado de poesia cotidiana e canções de amor, ele vem agradando a bons ouvintes com as 16 faixas de seu álbum que fazem jus ao título, mostrando que a obra tem um alto teor de intimismo. Intimismo este que não é prejudicial, digo muito pelo contrário.
A voz grave de Pélico e os metais que o acompanham fazem o ouvinte ter uma viagem dolorosa mas ao mesmo tempo boa. É como sonhar acordado.

Ouça a canção "Que isso fique entre nós":


Senha: fomesonora


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Arnaldo Baptista - Lóki?



Jean-Luc Godard, depois de experimentar várias radicalidades, demarcou o território impossível de um artista: “Ninguém faz duas revoluções”, e concluiu: “Ainda bem”.
Era como se mandasse um recado e predestinasse uma outra voz para a esfinge, em forma de eufemismo, de paradoxo, de axioma.
João Gilberto fez a revolução bossanovística; Oswald de Andrade, o pau-brasil/antropófago; Hélio Oticica, os parangolés do experimentar o experimental. Com a Tropicália, que, antes de estabelecer plenamente, foi “abortada”, pelo AI-5 e suas seqüelas, talvez a maldição godardiana foi diferente, cada tropicalista seguiu seu rumo.
Com os Mutantes, não foi diferente. Arnaldo Baptista – Rita Lee & Sérgio Dias escreveram parábolas dentro e a partir de parábolas. Viveram suas possibilidades coletivas, paralelas e individuais.
Arnaldo, na musicografia tropicalista e na própria música brasileira, é o artista que saques produziu para quebrar a maldição godardiana. Depois de ser o motor dos Mutantes. Depois de produzir os primeiros álbuns solos de Rita Lee _ Bluid up, 1970 e Hoje é o primeiro dia do resto da sua vida, de 1972. Depois de ir e vir. E partir para a carreira solo. Levou o conceito de radicalização ao extremo. Seu primeiro álbum-solo: Lóki? (Philips, 1974), é, até hoje, o disco mais visceralmente revolucionário da música brasileira . Com um instrumental mínimo – teclado (Arnaldo), contrabaixo (Liminha), bateria (Dinho) e backing-vocals (Rita Lee) – (o último encontro dos Mutantes), Lóki?, em dez canções, passa a limpo toda a era do rock and roll e o que poderia ter sido uma tropicália lisérgica. Sem dúvida, o melhor elenco de canções incluídas em um único álbum.
O formato do álbum é conceituado. Os dois lados do disco abrem com canções chaves. O lado A com “Será que vou virar bolor” e o lado B “Ce ta pensando que sou Lóki?”. Ambas trazem as inquietações pós-Mutantes de Arnaldo. Qual o futuro? O esquecimento? (Bolor) ou A loucura? (Lóki?). As outras oito canções vão respondendo, cada uma, de uma forma e de um ponto-de-vista. A minimalista canção final “È fácil”, responde com uma melodia supertrabalhada e uma miniletra: nem o esquecimento nem a loucura, mas a genialidade da música. É fácil!
As outras canções são: “Uma pessoa só”, única faixa herdada dos Mutantes, da época do A e o Z. Canção utópica que aponta para a plenitude da convivência humana, em um único corpo e em um único projeto de vida.
“Não estou nem ai” é a antítese de “Uma pessoa só”, o antípoda que nega os projetos utópicos e enfrenta o mundo material, o instant karma da vida cotidiana.
Continuando, a quarta canção do lado A é “Vou me afundar na lingerie” é a terceira possibilidade, nem o mundo utópico, nem a dureza da vida cotidiana, mas o hedoismo, o ócio, a prequiça como destruidores das opressões e barras-pesadas.
Fechando o lado A, a instrumental “Honky tonky”, com apenas Arnaldo no piano, em um misto de boogie woogie e levada trans-stoneana, trans-“Honky tonky woman”.
O lado B, depois de “Ce ta pensando que sou Lóki?”, traz “Desculpe”,uma releitura de “Desculpe, babe”, de Arnaldo Baptista & Rita Lee , do álbum A divina comédia ou ando meio desligado, dos Mutantes de 1969. É uma outra resposta para o impasse: esquecimento/ bolor/ lóki/ loucura. O “amor” como a grande questão. O dizer sim ou não. Perdoar ou não. Seguir em frente.
A terceira canção “Navegar de novo” é uma resposta concisa. É o bola pra frente”, “o enfrentar as intempéries” e “seguir”.
A Cançao sequinte “Te amo podes crer” é, talvez, a obra-prima das canções de amor do rock brasileiro. Em dois minutos e cinqüenta segundos, Arnaldo faz um tratado das dores de amores, um Werther, um Tristão e Isolda, um Romeu e Julieta com piano, sintetizador, contrabaixo elétrico e bateria.
Fechando, a chave-de-ouro de “É fácil”.
E o conceito faz clique e se completa. Na era do CD, algumas informações se perdem, mas uma que, no vinil, fazia muito sentido ainda vale ser comentada. Os dois lados do disco (A e B) trazem exatamente 16 minutos e 50 segundos, nem um nem dois segundos a mais ou a menos. E no rodapé da ficha técnica, uma única nota: “Este disco é para ser ouvido em alto volume”. Aumentar o volume não só do aparelho, mas do rock e das emoções primitivas de cada um. 

(Texto original de Marcelo Dolabela - bhz out/nov 1999).



Veja a faixa "Será que eu vou virar bolor?":

 
                    

Senha: fomesonora

sábado, 12 de novembro de 2011

Lenine - Chão



Um dos mais aguardados de 2011, "Chão" enfim é lançado. Lenine faz um disco intimista e cheio de particularidades, como por exemplo; o disco teve chiados e ruídos mantidos propositalmente. Um bom exemplo é a do pássaro que invadiu o estúdio durante a gravação. Outra particularidade foi a de que não foi utilizada bateria nas músicas, o que deu ao álbum um tom mais sintético e eletrônico.
A composições continuam as mesmas ou até melhores. Como um bom vinho, Lenine se mostra em seu 10º álbum, um compositor mais ousado e com os sentimentos mais aguçados, o que resulta em um ótimo álbum. A arte da capa traz uma foto de família; seu neto dormindo sobe seu peito (família/chão). Obra de arte em todos os sentidos.

Curta a faixa "Chão":



Download: Lenine - Chão
Senha: fomesonora

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Junio Barreto - Setembro



O sucesso tardio nunca fez mal a ninguém. E foi assim que aconteceu com Junio Barreto. Um artista que só foi descoberto e dado seu devido valor quando já estava maduro de fato. O pernambucano que já tocou numa banda de rock gótico, lança seu disco "Setembro" que tem esse nome por ser o mês que em o sol aparece após o inverno. O disco traz a produção assinada por Pupillo e Dengue, os mesmos da Nação Zumbi e também vários amigos do artista como: Chiquinho, Victor Araújo, Marina de la Riva, Mombojó, Luiza Maitá, Gustavo Ruiz, Júnior Boca, Seu Jorge, Céu, entre mais músicos da nova cena da música brasileira executando seus instrumentos para o registro dessa obra prima. O disco traz consigo além das raízes do Junio Barreto, as influências de cada participante amigo do artista. Um disco que pode rolar por vários setembros a fio.

Confira a faixa título, "Setembro":


Senha: fomesonora

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Rômulo Fróes, Rodrigo Campos, Kiko Dinucci e Marcelo Cabral - Passo Torto



Composto pelos compositores Rômulo Fróes, Rodrigo Campos, Kiko Dinucci e pelo baixista e produtor musical Marcelo Cabral, o álbum "Passo Porto" é uma síntese do que acontece com a cena do samba atual. Cada um dos compositores tem suas carreiras solo e contribuem entre si em composições conjuntas, tendo essas gravadas em seus discos solo. Os músicos são parceiros não somente nas composições, mas também nos shows e discos como instrumentistas também.
O álbum traz um samba paulista contemporâneo e de ótima qualidade. O baixo do produtor Marcelo Cabral faz uma catalização das letras e melodias, formando uma experiência única. Tendo em vista os trabalhos antecessores dos 4 músicos, imagina-se o quão prazerosa é a audição do "Passo Torto".


Confira a apresentação de "Faria Lima pra cá":



domingo, 6 de novembro de 2011

Mundo Livre S/A - Novas lendas da etnia Toshi Babaa



A cada novo disco que lança, a banda de Fred 04 se mostra mais ativa do que nunca. Há alguns dias atrás vazou o disco de inéditas do Mundo Livre S/A, que tem um título um tanto quanto curioso; "Novas lendas da etnia Toshi Babaa". Tanta excentricidade no título do álbum serviu também para chamar a atenção, mas nem houve a necessidade disso. O som pode ter mudado um pouco mas a essência das canções de Fred 04 não mudaram. O swing a la Jorge Benjor prevalece tão forte quanto na época inicial do manguebeat.
Um disco cheio de canções e dentre elas já existem apostas para hits, como: "Eduarda fissura do átomo", "Se eu tivesse fé - fushing shit" e a ótima "Ela é indie".

Confira a faixa "Ela é indie":



Senha: fomesonora

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Belchior - Alucinação




Pertencente aos cantores vindos do Ceará na década de setenta como Ednardo e Fágner, Antonio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, ou simplesmente Belchior, é um compositor e cantor cearense dono de composições como "Apenas um rapaz latino americano", "Paralelas" e "Como nossos pais".
Na década de setenta, Belchior após ter largado a faculdade de medicina para se dedicar a música, dá início a sua carreira se inscrevendo em festivais e concursos e a partir daí ele consegue gravar seus discos e no segundo ele se consagra pra sempre na música brasileira. Fiquem com "Alucinação", sua obra prima.

Confiram a faixa "A palo seco":



Senha: fomesonora

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Eddie - Veraneio



A banda mais Olindense que se tem conhecimento - Eddie - lança álbum novo e o nome não poderia deixar de remeter a Olinda; "Veraneio". O álbum já foi disponibilizado gratuitamente no site da banda nesse início de semana. O disco tem as participações e contribuições de amigos da banda como: Otto, Junio Barreto, Lirinha e Karina Buhr eErasto Vasconcelos, sendo estes dois últimos, amigos de longa data.
Esse álbum não lembra tanto o seu trabalho anterior, o "Carnaval no inferno", mas chega a ser superior em vários pontos. Os sintetizadores/teclados ganharam mais espaço do que já tinham e as letras mostram um compositor com temas mais amplos que os dos álbuns anteriores.
Apesar dessas poucas mudanças, é que quando esse álbum toca no seu player, você consegue sentir o cheiro de maresia e o calor do sol de Olinda. É o mais puro Original Olinda Style.

Confira a faixa que dá título ao álbum:



Download: Eddie - Veraneio
Senha: fomesonora 

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Os Mutantes - Jardim Elétrico



O Jardim Elétrico viria a ser o quarto álbum dos então quinteto, formado por Arnaldo Baptista, Sérgio Dias, Rita Lee, Dinho Leme e Liminha que foi lançado em 1971. Apesar de ser lançado ao mesmo tempo do "Build up" de Rita Lee e este mesmo ter vendido mais que o "Jardim Elétrico", esse fica longe de ser um álbum ruim, tendo em vista que parte dos clássicos dos Mutantes estão presentes nele.
Com parte do álbum gravado em Paris e outra parte no Brasil, o disco teve como produtor o próprio Arnaldo Baptista. Este disco foi considerado um dos 100 melhores álbuns da música brasileira.

Ouça a faixa "Portugal de Navio" em que o baixista Liminha empresta a voz."



Senha: fomesonora

sábado, 29 de outubro de 2011

Wado - Samba 808


O curitibano radicado em Maceió, Wado, disponibilizou seu disco na íntegra e já em formato rádio e tv no último dia 19 para download em seu site. Contando com um time que tem estrelas como: Alvinho Lancelotti, Zeca Baleiro, Curumim, Marcelo Camelo, Mallu Magalhães, Fábio Góes, Fernando Anitelli, André Abujamra, Momo e Chico César, o compositor fez um álbum memorável. O samba prevaleceu forte nesse registro, como o próprio título diz - Samba 808 - tendo em vista que em gravações anteriores as suas composições eram mais mistificadas. Mais um gênio da música brasileira se mostrando e nos presenteando com um ótimo álbum.

Confira a música "Com a ponta dos dedos" com a participação de Marcelo Camelo e Mallu Magalhães.

                 


Download: Wado - Samba 808
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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Caetano Veloso - Qualquer Coisa



Lançado em 1975, o álbum "Qualquer Coisa" teve sua capa inspirada no álbum "Let it be" dos Beatles - cujo Caetano era e ainda é fã confesso - foram gravadas 3 versões neste mesmo disco, são elas: "Lady Madonna", "Eleanor Rigby" e "For no one". O álbum traz 12 canções, sendo 4 de sua autoria e as demais de outros compositores como Chico Buarque, José Messias, Ernesto Grenet, Jorge Ben e Chabuca Granda. Os arranjos trazem na maioria de suas vezes voz, violão, piano e percussão, vez por outra é utilizado contra baixo, bateria e também a excelente guitarra de Lanny Godin. A sensação que se tem quando as doze faixas acabam é a mesma de quando se acaba uma festa e ainda se tem folego para outra.
Um disco que traz três idiomas, várias influências e muita musicalidade. Atemporal.

Confira a faixa "A tua presença":



Download: Caetano Veloso - Qualquer Coisa
Senha: fomesonora

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Feiticeiro Julião - Batismo Místico

                     Arte: Super-Terra

Feiticeiro Julião é uma entidade manifestada em Júlio Castilho, que lançou um cd na efervescente Recife em julho de 2011 e vem agradando a bons ouvintes até então. Nesse álbum intitulado "Batismo Místico", o Feiticeiro Julião traz seis músicas carregadíssimas com o sax jazzístico de Hildelarques e a voz doce e risonha de Rachel Bourbon na faixa "Vou tirar você da cara". A gravação desse excelente álbum foi feita com a colaboração de vários músicos locais e as composições foram feitas em parceria com o baixista Vinícius Valença.

Confira a faixa "Vou tirar você da cara":


                                        

Senha: fomesonora

domingo, 23 de outubro de 2011

Beto Guedes, Danilo Caymmi, Novelli e Toninho Horta





Esse disco aparece na onda do sucesso do Clube da Esquina. A reunião dos novatos (porém muito eficientes) Beto Guedes, Danilo Caymmi, Novelli e Toninho Hortacom suas composições e a participação de toda a galera envolvida nos projetos musicais do "Clube" num mesmo disco é a continuidade do anúncio criativo de que muita coisa ainda estava por vir.

Nesse disco temos a primeira gravação de "Manuel, o audaz", música e jipe de Toninho Horta, que transportaram tanta gente por aí na linha do "vou pegar a estrada" e as canções de Beto Guedes com arranjos progressivos, como a versão original de "Caso você queira saber" que a saudosa Cássia Eller gravou muitos anos depois.



Texto extraído do blog Criatura do Sebo.


Confira a faixa "Belo Horror":






Download: Beto Guedes, Danilo Caymmi, Novelli e Toninho Horta
Senha: fomesonora