Perdido em algum lugar da década de 1960, mas ainda assim capaz de dialogar com diferentes décadas da música brasileira – seja o que fora proposto nos anos 80 ou a partir do novo século -, em seu novo álbum a banda se distancia de forma visível de suas antigas criações, soando muito mais fácil, porém de nenhuma maneira descartável ou inconsistente. É o típico disco que poderia tocar tanto em uma rádio convencional, atendendo fortemente todas as demandas do público, como no player de algum ouvinte que busca por um som conceitual.
Em suas composições, o álbum soa grande, como se fosse cantado com entusiasmo, tocado com energia e absorvido de forma muito mais intensa e entusiasmada pelo ouvinte. Mesmo em seus momentos de dor, tricotados pelo uso de versos intensamente pensos há sempre um pequeno elemento ou acréscimo que alavanca o disco, fazendo com que o registro se manifeste de forma agradável do minuto que começa até seu fechamento com a quase dançante Depressa, música que mais uma vez repassa um toque de brasilidade ao álbum.
Boa Parte De Mim Vai Embora não é em nenhum momento uma continuação daquilo que o Vanguart vinha desenvolvendo, muito pelo contrário, já que grande parte do que se desenvolve ao longo do registro talvez jamais pudesse ser visto no primeiro álbum do grupo. É quase como se uma nova banda, dona do mesmo nome do grupo cuiabano resolvesse se lançar, investindo em um tipo de som mais comercial, fácil, porém, belo e inteligente na mesma medida.
Trecho do texto do Miojo Indie.
Confira a faixa "Se tiver de ser na bala, vai".
Download: Vanguart - Boa parte de mim vai embora
Senha: fomesonora
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